
Do Vento
Pálido frio, ferrugem de final de tarde,
sibilar do vento nas curvas dos morros
emudeceu nos telhados de argila,
áspero, cortante,
dorso de iguana,
invade janelas da casa transparente:
antena de inseto, rodopio de folhas, latido de cães,
passos anônimos pelas ruas.
Depois, silêncio a calar bocas.
Lampejos de luz enviesada
a entremear folhas
opacas, soltas no chão.
Pigmentos de uma presença,
borrão no papel.
(Imagem: óleo de Marlene Edir Severino)
Junho, 29 de 2011
Frio e chuva, mas em versos suaves como os seus. Um abraço, Yayá.
ResponderExcluirBoa noite...e que borrão hein? Que bela pintura, parabens...Junto dos sons vindos da rua, vinha tambem o son de teu coração, que abafado pelo silencio, batia tao forte quanto o meu coração...bjin....belo!
ResponderExcluirNão sei o que mais devo aplaudir: se tuas palavras ou tuas telas?
ResponderExcluirQue jeito me dava saber pintar assim... cada vez que escrevo alguma coisa, passo um tempo enorme a procurar uma imagem que encaixe nas minhas palavras. Tu não tens esse problema.
Abraço
Runa
Aqui tudo merece elogio na verdade você é muito especial .
ResponderExcluirUm feliz final de semana beijos no coração,Evanir.
O vento e seus soprares é sempre mágicos e nos invade de aromas e cores que jamais sairão da nossa memória...
ResponderExcluirLindo o que sempre vejo por aqui!
Abraços
imagens lindas com poemas em sintonia, belíssimo Edir
ResponderExcluirbeijos
Que beleza vc desenhar o que escreve ou escrever o que desenha! Lindo seu blog! Parabéns!
ResponderExcluirLindo demais teu trabalho, parece uma aqurela indecifrável....
ResponderExcluirno mais, me sinto um borrão tbm!
A complexidade do simples
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