“Eu ando sozinha
ao longo da noite.
Mas a estrela é minha”.
Cecília Meireles
Com o brilho de Sírius, imenso,
e tão solitária,
a nem tão luminosa, Mirfak,
quem sabe a gigante Arcturus,
ou Canopus, Prócion,
a de luz azulada
que vibra suave, (quase mantra)
quando pronunciada:
Adhara,
sei pouco de astros,
grandeza ou brilho,
extasiada,
fico a indagar...
Que nome a estrela terá?
Será a distante Alnilan?
ou Átria,
a múltipla Polaris, ao norte,
ou a do poema,
Aldebaran...
São tantos os nomes e tantas estrelas,
planetas, constelações,
num céu tão imenso!
Qual a sua localização?
Visível, na ausência de nuvens,
Cintila (nalgum lugar),
e basta-me:
tenho uma estrela!
Fotografia, aquarela de Marlene Edir Severino
Junho, 1 de 2012