Seja Bem-Vindo

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terça-feira, 1 de março de 2011

Dias de Vento



Vento a varrer apressado,

cascas, restos, folhas secas,
encantos no cheiro do capim-limão
incrustado de outros quintais por onde passou,
levanta poeira, apaga vestígios,
a bruma dissipa,
clareia a manhã.

Voam dos fios destroçados
da teia da aranha,
restos de insetos, sementes,
resquícios de asas levitam
a beber o vento no céu empedrado,
dançam no ar.


(Aquarela: rosa-dos-ventos de marlene edir)
Março, 1 de 2001

Um comentário:

  1. [o vento, esse fino tecido, tule do céu que recolhe os pequenos despojos que no poema adormecem]

    um imenso abraço, Marlene

    Leonardo B.

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