Não é somente um poema. Nasceu num momento de recolhimento no intrínseco quintal, sobrevoou nas asas de alguma borboleta ultrapassou limites, noutras galáxias, quem sabe, um pouco mais além e transcendeu... Além do Quintal!
Seja Bem-Vindo
sábado, 26 de novembro de 2011
Da Boca da Noite
Nada
cabe
no silêncio transpassado
da boca da noite
Invisíveis
todos os sinais
não expressam
o instante
Teia da aranha
a limitar o vazio
Imitação do silêncio
e ainda
não o traduz
(Imagem: fotografia de Sidarta)
Novembro, 26 de 2011
domingo, 20 de novembro de 2011
Dos Astros ou Catarse
E não por falta de que avisem os astros
e antecipem que inferno astral anuncia
tempos difíceis
nem levo à risca, mas prevenir em nada modifica
e antecipo as coisas mais complicadas,
ou outras menos, mas que de tão sem graça
empurra-se pra melhor ocasião
e começo a tentar liquidá-las bem antes
e agora, já lá pelo Agosto,
(quase meio ano antes)
meio a contragosto, mas faço,
se for para sofrer que seja logo
e antes que se avizinhe,
mas sempre ficam aquelas resistentes,
incrustadas, feito craca na ostra
e sempre surge um fato ou outro
ou alguma pessoa chata
a lembrar que ainda ali estão.
Devo estar me antecipando ao tempo,
falta a cautela de aguardar a resposta do universo
ou o que já se sabe e custa admitir
é que está tudo certo,
estão as coisas e pessoas no seu devido lugar
(se não, somente a elas cabe)
tomo conta eu, do meu espaço, aqui dentro
no meu ritual diário de buscar
e minhas asas ainda batem,
posso continuar a voar.
(Imagem:fragmento de aquarela de Marlene Edir)
Novembro, 20 de 2011
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Do Tempo
domingo, 13 de novembro de 2011
Da Folha a Intenção
Resquícios de tinta
restos do café amargo
escorridos pela xícara
chuvisco que entra pela janela aberta
borrados
manchas no papel
A velocidade
do que penso
eletricidade que me habita
orgânicas palavras
transitam
vagueiam
tentam captar meu silêncio
nesta manhã de domingo
(Imagem: aquarela de Marlene Edir)
Novembro, 13 de 2011
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