E agora
estas palavras todas a pairar
e tantas
e tantas
soltas entre nós,
tantos segredos,
imensidão de coisas
que não dizemos e são muitas
e tantas
e nem mesmo sabemos
se esse tempo todo
ou se ao menos algum
ainda teremos pra dizer,
então,
diz-me
com tua alma,
assim,
pactuado, desse jeito mesmo,
silencioso sopro exalado
da tuberosa raiz às intempéries
tantos segredos,
imensidão de coisas
que não dizemos e são muitas
e tantas
e nem mesmo sabemos
se esse tempo todo
ou se ao menos algum
ainda teremos pra dizer,
então,
diz-me
com tua alma,
assim,
pactuado, desse jeito mesmo,
silencioso sopro exalado
da tuberosa raiz às intempéries
chuva, vento,
tempestades, tantas alternâncias
das marés daqui
a sedimentarem-se no tempo
a procura de sinais,
olhos na linha do horizonte, ao vento,
estrelas, firmamento,
com todos os sentidos
aos enigmas fico atenta a desvendar:
diz-me, então,
se apenas é o eco do meu chamado,
se me respondes,
tempestades, tantas alternâncias
das marés daqui
a sedimentarem-se no tempo
a procura de sinais,
olhos na linha do horizonte, ao vento,
estrelas, firmamento,
com todos os sentidos
aos enigmas fico atenta a desvendar:
diz-me, então,
se apenas é o eco do meu chamado,
se me respondes,
ou se tua é a voz que ouço
a me chamar...
(Imagem: aquarela de Marlene Edir Severino)
Março, 12 de 2011 – 12h02
(Imagem: aquarela de Marlene Edir Severino)
Março, 12 de 2011 – 12h02
é o mundo então se monta
ResponderExcluiré de grã em grão
de pé com pé
é assim que se é
que os roched0os são de areia
que é na borda que se passeia
e no profundo que se mergulha.
Lindo, lindo!
Abraços, flores e estrelas...
Interessante. Hoje, com uma pessoa, disse Imensidão de coisas.
ResponderExcluirE adorei dizê-las.
Encantador esse sentimento que perpassa as palavras, um amor em botão, à espera de florescer, mas sobretudo o ritmo imprimido ao poema e a súmula na última estrofe... surpreendente!
ResponderExcluirL.B.