Seja Bem-Vindo

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sábado, 26 de fevereiro de 2011

Imersa



Imersa e fragmentada,
também sem palavras para traduzir,
nesta tarde dilatada e lenta,
a desnudar a garganta e remexer
guardados em gavetas, atalho
que adentra nômade,
soturna e densa bagagem de silêncios
a remexer na jaula do tempo,
beber o vento.

Ausência do teu corpo,
devoluta nuvem tatuada na memória,
provisório esboço.
Marca da ferrugem, mesto azinhavre,
limo da pedra.

Homem das nuvens,
resquícios de nuvens aqui.

Fevereiro, 26 de 2011
(Aquarela de marlene edir severino)

4 comentários:

  1. Belo poema para uma imagem igualmente bela.
    Um abraço
    Boa semana

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Suas aquarelas são sempre fascinantes. Esta última não dispensa comentários e elogios. Obra prima. Assim como os desenhos da pena. Teces bem a alma e todos os sentimentos da carne. Segues inspirada pelo além mar, pela barca. Isso é bom para os que leem e para os que querem vê-la sempre feliz. Parabéns número 8.390.729.222.310.

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  4. Marlene, os poetas usam de pena para escrever seus versos, você usa a tinta da alma para imprimir na alma alheia algo superior aos versos. Admiro-te pela capacidade artística, pela força interior, pela cidadã e pela amiga que és. Do teu fã sempre, Ricardo Steil

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