
Vento a varrer apressado,
cascas, restos, folhas secas,
encantos no cheiro do capim-limão
incrustado de outros quintais por onde passou,
levanta poeira, apaga vestígios,
a bruma dissipa,
clareia a manhã.
Voam dos fios destroçados
da teia da aranha,
restos de insetos, sementes,
resquícios de asas levitam
a beber o vento no céu empedrado,
dançam no ar.
(Aquarela: rosa-dos-ventos de marlene edir)
Março, 1 de 2001
[o vento, esse fino tecido, tule do céu que recolhe os pequenos despojos que no poema adormecem]
ResponderExcluirum imenso abraço, Marlene
Leonardo B.