Seja Bem-Vindo

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sábado, 7 de junho de 2014

De névoa e chuva




Um dia inteiro e mais
a chuva da noite anterior
deixa desejo de céu azul

A tarde já se escoa calçada afora
no itinerário da chuva
em invisível lamento

e a noite vestida de cinza
se anuncia
acende as luzes da cidade
quer cessar silêncios
mas apenas os divide
entre os limites da janela
e das ruas

O cinza fosco do céu
prenuncia mais chuva
ainda mais um dia

Um pouco menos de ti
tecido em névoa e chuva
a cada dia


Junho, 07 de 2014
 Fotografia, Sidarta




8 comentários:

  1. "a chuva abre-te, o dia bate, a roupa
    tropeça com as ferraduras
    no meu cabelo. e só agora fazes
    teu gesto com chuva, no meio das letras"

    herberto helder

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  2. MARILENE,

    adoro o cheiro inconfundível de terra molhada, em qualquer ocasião!

    Imagine, então nas específicas.

    Um abração carioca.

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  3. melancolicamente belo, como a névoa, como a chuva, como a poesia se deseja. beijo Marlene.

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  4. Melancolia, suavidade e beleza em seu poema.

    Volte mais vezes!

    maria Luísa

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  5. Um belo poema, algo melancólico...pois os dias de chuva contínua tornam o ambiente mais tenso e mais sombrio e tudo isso interfere na alma e no sentir dos poetas. Um grande momento de poesia, este!! Parabéns.
    Abraços

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  6. Sua poesia é um convite ao silencio,ao curtir chuva que molha alma e inspira poesia,uma delícia aos olhos.

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  7. Versos de chuva a acinzentar o poema...

    Um beijo

    Lídia

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  8. Oi, Marlene!
    Seu texto fala de uma preciosidade que por aqui anda escassa! Estamos sentindo na pele, o que o nordestino sente há anos!. Beijo!
    vitornani.blogspot.com

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