Seja Bem-Vindo

Seja Bem-Vindo

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Deste calor que embota




O calor
interminável
deste verão
tem me deixado assim

fadiga
cansaço

Ficar
em pedaços
Corar a pele
em bronze
sem sair
do ar refrigerado
do quarto

Mirar o céu
sol a pino
nenhuma nuvem ou vento
não chove
faz tempo

Tudo extenua
excesso de luz
não me transpassa

Esbarra
na tosca luminosidade
que me habita

Rabisco
algumas frases
que risco

Nenhum poema
orbita


Fevereiro, 09 de 2014
Fotografia, Sidarta 

8 comentários:

  1. Só poeta pode transformar a luz devassa em pérola e afrontá-la com sua própria luz interna: adorei!
    Beijos,

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  2. O poema acontece

    mas dá muito trabalho

    Bjs

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  3. De luz, de tons alegres e quentes se construiu o poema.

    Por aqui, é a chuva que não pára, o vento que não abranda!...

    Um beijo

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  4. nem o calor retira a suavidade de seus versos, amiga.

    beijo.

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  5. Um poema lindo e bem inspirado! Um beijinho Ailime

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  6. porque as palavras são sombras a contornar a luz de além meteorologia, o rosto ruborece, o poema acontece.

    beijinho, querida amiga, desde um aqui entregue à chuva e ao frio que há quase dois meses não dão tréguas.

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  7. Por aqui o inverno não descola.

    Que canseira!

    Beijinhos

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