Seja Bem-Vindo

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quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Cardo






Sol peneirado aparece
depois da chuva
mas já é final de tarde

Para ouvir o silêncio
que pairou
depois da última palavra
um muro

Alongado

silêncio
que se perdeu no tempo

Deserto

árido vento
cardo


Agosto, 14 de 2013
Fotografia, Sidarta




7 comentários:

  1. Tua poesia tem o cheiro do mato e o frescor das coisas simples e raras...rs

    Beijos,

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  2. Há pedras que se ateiam

    por vezes basta um fósforo

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  3. Como o fechar lento do pano num teatro onde falta o eco dos aplausos.

    Muito belo!

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  4. Espinhoso é o Cacto
    Que serve de enfeite
    num pequeno verso
    Presnte como estátua viva no quintal
    das lembranças
    Ali astutos pássaros não pousam
    e no mesmo cardo
    nascem e morrem silenciosas
    palavras flores.

    "Sublime simplicidade em forma de verso".

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  5. Marlene,

    A iminência de um ser pleno, ainda que na inércia e na variação de impossibilidades, tudo almeja.

    Belo poema!
    Grande beijo!

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  6. Por vezes, o sol aparece tarde porque é preguiçoso...
    Excelente poema, gostei muito.
    Marlene, tem um bom fim de semana.
    Beijo.

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  7. E quando o silêncio se perde no vento os sussurros chegam carregados de boas novas...
    Abraço e grata pela visita!

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