Depois que sai do banho
ainda envolta
na toalha
caminha até o espelho
do quarto de vestir
Fica a olhar as próprias curvas
agora desacostumadas
à carícias
a traduzir
o avesso
reverso
do que fala
Então se cala e veste-se
E guarda sob a veste
o que não despe
Escreve
E finge
que não lhe pertence
Julho, 07 de 2012
Imagem, "Brincando com as Linhas" de Ademar Will
Fugir de si mesmo é a tarefa diária mais difícil.
ResponderExcluirLindo poema, me identifico muito com sua escrita.
Beijo.