É pouco o movimento,
tão cedo,
o dia mal começa
poucos veículos trafegam,
pedestres sem pressa
e o cheiro de relva no ar,
exala frescor,
promessa.
No caminho de saliências, reentrâncias,
velha árvore expõe a raiz,
desvia o trajeto.
Tantas folhas se acumulam
esquecidas pelo vento nos rebaixos,
na ondulação da calçada,
na pedra que se destaca,
mesmo sendo tão igual.
Incógnito dia nessa manhã:
até no vento,
vagos desenhos no céu
quando sopra nuvens,
no meu olhar distante
ao traço que separa o céu do oceano.
Ficou mais longe hoje
o horizonte?
Maio, 08 de 2012
Fotografia, Sidarta
Lindo!
ResponderExcluirPude visualizar cada contorno. Lembrei-me dessas coisas descritas como as conheço, árvores que quebram asfalto com suas raízes e tantas outras...
O seu horizonte é mesmo pleno.
Beijo.
Que lindo Marlene!
ResponderExcluirSeu jeito de poetizar, me permite visualizar cada movimento de cada palavra sentida por você e passada tão lindamente para nós.
Eu adoro seu jeito ímpar de poetar.
Um abraço carinhoso e linda semana.
[como um olhar mais além, um traço mais na linha do horizonte, que se faz passo,
ResponderExcluircomo ao sopro da onda que se faz navegar de cá para lá nas sem fronteiras do mar.]
um imenso, imenso abraço, Marlene
Leonardo B.
alguma distância sempre existirá ao contemplarmos o horizonte outra internalização da beleza também e é o que nos alimenta as vezes
ResponderExcluirbeijos
Vista pelo olhar da poetisa,
ResponderExcluirtudo se torna belo e o que
estiver distante, com certeza, ela trará
para perto...Adorei! Abraços
É um prazer ler as coisas que você escreve. Traz o mundo mais para perto, mostra o que tantas vezes nos escapa.
ResponderExcluirBeijo pra você.
quando o horizonte depende do arco ocular...
ResponderExcluirbeijinho, marlene!
Tão bom acordar bem cedo e sentir os movimentos do dia que se anuncia, ainda longe do corre-corre diário. É mesmo muito mágico!!!
ResponderExcluirAbraços
Arrisco a palpitar que o horizonte é tão longe quanto a distância do braço. Há dias em que o colocamos para lá da linha de alcance. Mas outros dias (melhores) SEMPRE virão!
ResponderExcluirAbraço, Marlene