Tão grande esse vazio
o vento costuma soprar forte
pelas tardes
trazendo frio
transpassa
trançado fio da blusa
Preenche o silêncio
o som do vento
mas não me traz
qualquer palavra nova
Recolho a mesa do café
deixo cadeiras fora do lugar
disfarce
de espaço abandonado
presente a respiração
tambor que pulsa
engulo a saliva
aperto as palavras
A tarde acaba
Fotografia de Marlene Edir
Junho, 25 de 2012
Das coisas que preenchem a vida: lugares abandonados na mesa, louças por lavar, tardes vazias.
ResponderExcluirBeijo, poetisa.
entre os dentes as palavras ficam e muito ainda não se diz. muito belo esse poema de grande delicadeza
ResponderExcluirbeijos
O vento por vezes
ResponderExcluiré espalha brasas
Do vento apenas gosto o seu uivar
Palavras conjugadas de maneira lindíssima, como sempre! Bjs
ResponderExcluirDos ventos que sopram nessas tardes: arde o silêncio.
ResponderExcluirBeijo, Marlene!
"Vejo objetos fora do lugar,
ResponderExcluirimagino ter aqui tua presença.
Que nada! Apenas o vazio que
invade e insiste em morar dentro
de minha alma...Tua ausencia me
inflama e me faz viver entre delirios
soprados pelo vento...silencio!"
Abraços sdds, adorei!
Gosto muito deste estilo de escrita. Real. Verdadeiro. Intimo.
ResponderExcluirGostei muito. Parabéns!
todo o vento anuncia o fim da tarde... depois de a celebrar.
ResponderExcluirbonito, marlene.
beijo!