Não é somente um poema. Nasceu num momento de recolhimento no intrínseco quintal, sobrevoou nas asas de alguma borboleta ultrapassou limites, noutras galáxias, quem sabe, um pouco mais além e transcendeu... Além do Quintal!
Seja Bem-Vindo
sexta-feira, 13 de maio de 2011
Oca
Oca cisterna, vazia,
sobre a mesa o búzio oco olhei
feito pedra imóvel, tristeza de montanha
inflexível como o inferno,
senti o frio da tua língua,
o roçar dos teus dentes,
céu da boca, névoa e tintas
sobre azul-marinho do céu.
A noite esqueceu a cigarra,
seca casca
no tronco descascado da goiabeira.
Passeio do risco no céu azul
nesta noite oca:
apenas um traço que passeia.
(Imagem: Aquarela de Marlene Edir Severino)
Maio, 13 de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Lindo e sentimental até o final!
ResponderExcluirBeijos,
Carla
Boa noite...vim aqui para te ler e gostei do que encontrei, belos trocadilhos e armadilhas das palavras confundindo-me com os sons de teus versos, enrolei a lingua e me deliciei com cada verso, brinquei e rebusquei meus pensamentos procurando lembranças de poemetos lidos por mim em algum lugar...nao entendo muito bem esses trocadilhos com as palavras, mas me interessei e ja fui pesquisar...bjin e parabens...gostei
ResponderExcluir[do que se traz dentro, gravado na pele, papel de palavra, como um contrário rio]
ResponderExcluirum imenso abraço, Marlene
LB
Marlene
ResponderExcluirA noite pode ser oca, mas tua poesia é prenha de vida! Lindo, sempre!
Gosto demais do teu trabalho!
Bj grande, amiga!
Olá seu blog é mesmo lindo..que bom que encontrei!
ResponderExcluirSerá um alegria sua visita
Shalom
http://nairmorbeck.blogspot.com/
Tenho percebido um refinamento na sua poesia que me encanta, sempre coloridas e sinestésicas.
ResponderExcluirBelo, Marlene!
Beijo.
Oco e cheio de perfume de vento.
ResponderExcluirBeijos e boa semana Marlene!
Carla
Çok Güzel Site. :)
ResponderExcluirOco. Exatamente oco. Vazio e triste. Se foi coincidência ou reflexo de um eu oco, serve-me como luva.
ResponderExcluiroco, é uma boa palavra para adjetivar um momento.
bjo e parabéns, é impressionantemente real seu poema.
Marlene
ResponderExcluirMas do que escrever: descreves
Mas do que pintar: preenches
A vida com as cores da tua visão de vida
Por meio de versos ou em telas.
Como indagou-me minha querida musa Helena outro dia espantada com teus versos: Ricardo, por Deus quem é esta mulher a Marlene? Que trabalho fabuloso
Aqui posto minha resposta:
Marlene é poetisa? Marlene é pintora?
Não... Marlene é um mito literário que mora ali pertinho na Praia Brava e está aqui pertinho de nós neste lindo e maravilhoso quintal ou durante todo o ano reinventando o mês de abril ;-)
Cromático e decidido esse traço/risco no traçado do poema.
ResponderExcluirL.B.
bellísimo poema y la acuarela es de una sutileza maravillosa!
ResponderExcluirun abrazo fuerte, querida amiga!