Seja Bem-Vindo

Seja Bem-Vindo

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Sopro


Respiro o silêncio da casa

e seus ruídos de ocultos silêncios,
silencioso sopro de coisas mudas,
vozes distantes de cômodos vazios,
sopro de vazio,

sopro de luz nos olhos quando escrevo.

Perco-me,
perco o poema,
me perco no poema.

Olho pela janela:
há um quintal lá fora.

Apenas estas palavras são verdadeiras.

Marlene
dezembro, 14

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