Poema
Parece que há muito te conheço,
acredita?
mas como, se somente agora é que te vi,
não fosse cética te diria:
de outra vida;
mas nem eu creio,
como impor a ti?
Nos olhamos mais do que falamos,
silenciosa conversa, de muda fala,
mas de intensos olhares,
(que olha, olha e nada diz).
Vamos,
pergunte o que quiser saber de mim,
esvazia-me, fala comigo,
ou fiquemos assim, sem dizer nada,
pois já nos conhecemos uma vida inteira,
e somos um poema
que pulsa apenas.
Desnecessário falar ou escrever.
Lindo, Marlene. Simplesmente, lindo!
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