Seja Bem-Vindo

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sábado, 5 de janeiro de 2013

Inaudível






Aguço ouvidos

quero
pungir
o vazio

ora transpassa
ora interpela

Penso

Dispenso
pensamento
Silenciosa luta
de inaudível som

Presa
a palavra
engasga

Pesa

e sua ausência
não diz mais
que este silêncio
agora

Ora

que me traduza
então

Ou não

Consegues
escutar o que
não digo?


Janeiro, 05 de 2012
Fotografia, marlene edir

9 comentários:


  1. [do silêncio,

    essa estranha forma de ser espelho
    do e no mundo;
    a necessária sombra, o necessário sopro!]

    Abracimenso, Marlene
    Imenso!


    Leonardo B.

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  2. As entrelinhas que não se esmagam nunca nesse quintal que me povoa de lembranças sempre!
    Abraços, querida!

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  3. Fico pressa à sonoridade. Música na voz e na alma. Quem não a ouve?

    Um beijo

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  4. Com tamanha sonoridade dentro deste poema impossível não lhe escutar.
    Eu posso sentir, além de ouvir, cada som que vem do seu coração. Um abraço e um lindo domingo.

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  5. além do quintal
    um silêncio a mais
    não faz mal!

    Beijo, Marlene.

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  6. Escutar o que não se diz é conseguir navegar nesse poema.

    Consigo, claro.

    beijos

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  7. Jaz longa data que Marlene das sutilezas silenciou. Há quem diga que o poeta diz mais quando a solidão rugi internamente. Há quem diga também que o sopro vazio das horas amadurecem sentimentos e palavras. Não sei, não sou poeta. Mas sei que da palavra silenciada, do dito mudo, resta apenas saudade da sabedoria viva que calas por motivos desconhecidos aos que te ouvem. Onde andará a poetiza que desenha a vida? Meses de quietude, sombras de rabiscos do passado sobram nesse blog que é teu feito paranho de quarto fechado.

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