Aguço ouvidos
quero
pungir
o vazio
ora transpassa
ora interpela
Penso
Dispenso
pensamento
Silenciosa luta
de inaudível som
Presa
a palavra
engasga
Pesa
e sua ausência
não diz mais
que este silêncio
agora
Ora
que me traduza
então
Ou não
Consegues
escutar o que
não digo?
Janeiro, 05 de 2012
Fotografia, marlene edir
ResponderExcluir[do silêncio,
essa estranha forma de ser espelho
do e no mundo;
a necessária sombra, o necessário sopro!]
Abracimenso, Marlene
Imenso!
Leonardo B.
As entrelinhas que não se esmagam nunca nesse quintal que me povoa de lembranças sempre!
ResponderExcluirAbraços, querida!
As palavras têm voz própria
ResponderExcluirFico pressa à sonoridade. Música na voz e na alma. Quem não a ouve?
ResponderExcluirUm beijo
Com tamanha sonoridade dentro deste poema impossível não lhe escutar.
ResponderExcluirEu posso sentir, além de ouvir, cada som que vem do seu coração. Um abraço e um lindo domingo.
consigo.
ResponderExcluiralém do quintal
ResponderExcluirum silêncio a mais
não faz mal!
Beijo, Marlene.
Escutar o que não se diz é conseguir navegar nesse poema.
ResponderExcluirConsigo, claro.
beijos
Jaz longa data que Marlene das sutilezas silenciou. Há quem diga que o poeta diz mais quando a solidão rugi internamente. Há quem diga também que o sopro vazio das horas amadurecem sentimentos e palavras. Não sei, não sou poeta. Mas sei que da palavra silenciada, do dito mudo, resta apenas saudade da sabedoria viva que calas por motivos desconhecidos aos que te ouvem. Onde andará a poetiza que desenha a vida? Meses de quietude, sombras de rabiscos do passado sobram nesse blog que é teu feito paranho de quarto fechado.
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