Seja Bem-Vindo

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quinta-feira, 29 de março de 2012

Da Transparência da Cigarra Seca





Áspera estrada
de aquietar ansiedades:
nenhum desvio, qualquer atalho há
e há pouco encanto para descrever

agora, esta hora,
e aplacar olhos incendiados
da noite insone.

A beleza distante da duna
pega carona no vento,
pura areia,
lacrimeja.
Vagueia o horizonte,

vago olhar,
cigarra seca na pedra
sem limo,
transparências
de secos avessos,

casulo solto.

Pensamento confuso,
difusa palavra:
meras letras
pretas.
Emudece

em cinza.


(Imagem: fotografia de Marlene Edir Severino) 
Março, 29 de 2012

6 comentários:

  1. nenhum desvio, qualquer atalho há
    e há pouco encanto para descrever
    Que beleza!

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  2. Boa noite!
    E na tua transparencia,
    emudeceu, pois cantara
    demais para sobreviver.
    Ao sair do casulo, pouco
    viveu e entre folhas secas,
    a pobre cigarra ja não existe
    mais...morreu!
    Assim é a vida, o ciclo se faz necessário,
    para que tudo possa seguir a contento.
    Bjinhos magicos.

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  3. fabricamos formas rápidas que se desintegram no primeiro contacto com a ordem; sentidos precipitados evaporam referentes nos trilhos usados para escrever o silêncio. nada é mais o que um dia foi. cinza.

    beijinho, marlene!

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  4. "Secos avessos"
    no limo fresco dos teus versos...

    Beijo meu

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  5. Lindo!

    Hoje venho dar-te meu abraço pascoal de boas novas marilene!

    Beijos!!

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