Não é somente um poema. Nasceu num momento de recolhimento no intrínseco quintal, sobrevoou nas asas de alguma borboleta ultrapassou limites, noutras galáxias, quem sabe, um pouco mais além e transcendeu... Além do Quintal!
Seja Bem-Vindo
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Sombras das Nuvens
Já não te falo mais do que me emudece,
de tênues, imperfeitas alegrias,
menos ainda de uma ou outra insignificância
que em algum momento me entristece:
conheço as dobras da tua armadura,
então transito imperceptível no silêncio,
vagueio por espaços com cheiro de abandono,
alguns passos sem rumo de abafados sonhos
transparente rascunho,
poema que não se concretizou
e tantas perguntas sem resposta,
agigantam-se, indecifráveis, ficam
imensas, tanta palavra sem som,
cor sem aquarela,
de vez em quando uma ou outra nuvem
desaba numa chuva, encharca a rua,
escorre pela calçada e pássaros fogem,
respingam lembranças, ecos abafados
habitam o silêncio, sombras das nuvens
turvam vez ou outra o azul do céu.
(Imagem: Fotografia do céu visto do quintal)
Agosto, 29 de 2011
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Boa noite...digo: da para lavar a alma com tua poesia...chuvarada boa ne? Abraços
ResponderExcluirOs dias de chuva existem para que o silêncio a ouça e sinta o seu valor, muito interessante. Um abraço, Yayá.
ResponderExcluirA chuva lava a alma e as lembranças! Lindo o seu poema! Bjs
ResponderExcluirHá sempre nuvens
ResponderExcluirnos melhores céus
Um belo poema gostoso de ler. Parabéns. Gostei muito do seu blog, e ja estou seguindo. Convido a conhecer meu blog e seguir-me se gostares. Um abraço!
ResponderExcluirSmareis
Suas postagens são sempre leves de se ler.
ResponderExcluirGosto muito de passear por aqui.
Temos, a cada vez que por aqui passamos, algo de bom esperando por nós.
Abraços
Poema nostálgico, mas muito bem conseguido. As paisagens cinzentas e turvas são as melhores para libertar o espírito poético.
ResponderExcluirBom fim-de-semana
Runa