Que possa iniciar a frase
ensaio uma palavra:
o tempo escorre, perdida fica
a palavra,
morre
e a garganta não solta.
Resta o silêncio
como se tudo já houvesse sido dito.
Sorvo tua ausência:
coração entreaberto
preso na boca.
(Imagem: Óleo sobre eucatex de Marlene Edir Severino)
Julho, 11 de 2011
Mesmo que presa
ResponderExcluirA palavra ficado tenha
Ainda assim o sentimento
Fluiu em versos
Lindo Lene, beijos
E do fio do silêncio teces versos tão lindos :)
ResponderExcluirbeijos,
A palavra que morre antes da nascente é como um grito de dor que não se escuta. Lindo poema, amiga, muito belo mesmo. Tomo a liberdade de "conversar" com ele com este meu:
ResponderExcluirPOEMA ABISSAL
gutural
este grito
aprisionado
lançado
entre o azul-perdido
que persigo
e o negro-nada
que me cala
enquanto a palavra
imersa
fria
aguarda o voo
mas se faz mergulho
(Celso Mendes)
e o tempo realmente escorre...
ResponderExcluirlindo poema!
Muito bom. Teu silêncio tem um grito ensurdecedor.
ResponderExcluirQuando o coração fica assim, por sair, nada resta senão prender o grito da emoção para soltá-lo no momento mais adequado...
ResponderExcluirO importante é não deixar a palavra se perder...
Abraços
Muito bonito, de uma preciosidade ímpar e bela. Um abraço, Yayá.
ResponderExcluirA ausência provoca destas coisas!... Muitas vezes o silêncio, noutras o grito que abafa e não sai... o sufoco e a saudade!... A falta do próprio grito e, não raro, da própria ausência que se perdeu, por tão ausente do grito... e do silêncio!...
ResponderExcluirAbraço
Marlene, sempre Marlene. Encantando não só com sua pena e seu pincel, mas com seu eu que fala feito nuvens de algodão no azul do céu. hehe Tá, eu sei, riminha tosca, mas é de coração! bjo grande e parabéns pela poesia.
ResponderExcluirÉ bom sorver ausências às vezes. Sentir ausências é reforçar o amor, o querer. Também sorvo ausências. Deliciosas ausências.
ResponderExcluir"Sorvo tua ausência:
ResponderExcluirCoração entreaberto preso na boca."
Escandalosamente lindo isso e se encaixou direitinho nos meus sentimentos.
Naveguei pelo teu coração... ops, quis dizer blog, e me encantei com cada palavra, cada imagem, cada sentimento exposto aqui.
Vou te seguir para não perder nadica do que vc postar daqui pra frente.
Venha tomar um chocolate quente comigo e trocar um dedo de prosa. Vou adorar.
Beijokas.
Seguindo...
Por vezes a distância
ResponderExcluiraproxima
Adorei o blog! O Silêncio que as vezes se torna grito, desespero agudo de colocar pra fora aquilo tudo que não mais se sente.
ResponderExcluirMando-lhe um trecho do meu silêncio:
"A arte livre de fazer voar os pensamentos
e poder assim colorir palavras
expelir sentimento
Dentro do divino,
do mágico,
permanece
e no coração adormecem as palavras não ditas."
Grande abraço!
Maura de Paula
Amiga Marlene,
ResponderExcluirAdoro tuas aquarelas, mas há alguma coisa que eu não sei explicar com óleo. Esse girassol é realmente fantástico.
Não vou ousar falar da poesia, de poesia não se fala, apenas se sente com o coração.
Grande abraço.
Faustino
Palavra perdida a espera dos poetas
ResponderExcluirabraços
Belo poema. "Sorvo tua ausência: coração entreaberto preso na boca". Isso é exatamente o que a gente sente. Perfeito!
ResponderExcluirUm grande beijo, Lena.
peculiar poética apresentada nestes versos.
ResponderExcluiresbelto blog.
O silêncio prende-se na garganta e arrota-se o poema mais mutante e cromaticamente potente.
Voltarei, com gosto,
Gavine,
www.celularubra.blogspot.com