Não é somente um poema. Nasceu num momento de recolhimento no intrínseco quintal, sobrevoou nas asas de alguma borboleta ultrapassou limites, noutras galáxias, quem sabe, um pouco mais além e transcendeu... Além do Quintal!
Seja Bem-Vindo
quinta-feira, 7 de julho de 2011
Em Branco
Guardo em branco um nome.
Já o outro, imaginário,
que artificial parece,
respira natural em mim,
de presença frágil, invisível,
provisório , nem diferencio
com o dia que se vai,
esvai-se
na ausência de vestígios:
nem cheiros no ar.
Apenas guardado em mim.
E para imaginário nome
guardo poemas em branco,
impregnado de palavras que não escrevi,
mas deixo minha fala. Muda,
na rotina de silêncios desta casa,
que cúmplice, guarda
contida, carta de suicida
nunca encontrada.
(Imagem: Aquarela de Marlene Edir Severino)
Julho, 6 de 2011
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Imagem e poesia simplesmente, maravilhosas.
ResponderExcluirBeijokas
O poema implode com nossos segredos, lhes damos carta branca e muito mistério.
ResponderExcluirMuito bom, Marlene, adorei!
Beijo.
São os mais belos poemas
ResponderExcluirEm branco guardamos um universo paralelo que nem mesmo nós por vezes conhecemos.
ResponderExcluirMaravilha de poema, minha amiga!
Beijo.
Só de imaginar se escreve
ResponderExcluirem branco
mas quando as palavras ganham corpo
até o poema respira inteiro
Que beleza... "poemas em branco, impregnado de palavras que nunca escrevi"
ResponderExcluir[Não há papel em branco que não aguarde, que por dentro de si pulse, e da vida brote tinta que se guarda artéria adentro, tinta poema adentro]
ResponderExcluirAbracimenso, Marlene
Leonardo B.
O branco que tudo permite no universo da criação artística. A partir do branco todo o colorido é possível.
ResponderExcluirLindo!