Não é somente um poema. Nasceu num momento de recolhimento no intrínseco quintal, sobrevoou nas asas de alguma borboleta ultrapassou limites, noutras galáxias, quem sabe, um pouco mais além e transcendeu... Além do Quintal!
Seja Bem-Vindo
sábado, 18 de junho de 2011
Solitária Viagem
Atrás de tantos nomes
em algum lugar habitas
anônimo
em emaranhados de arames,
entrelaçadas palavras, pseudônimo:
sombras, espelhos,
busca de sinônimos,
trânsito de viajante, idas e vindas,
solitária viagem:
atravessam o veludo gasto
dos joelhos das calças
todas as lanças do vento,
que sibila cortante e doce
na cortina de contas a esmo
da mensagem. Doçura de olhar escoltado.
Escudos, escafandros.
O silêncio recompõe a pele,
ilhas perdidas de um olhar no meio do oceano,
indeciso, quase sorriso dos lábios
trava a língua. De mármore
é o contorno da tua boca
que silencia, não alivia do limbo:
cheiro de vida num papel de embrulho.
(Imagem: Óleo de Marlene Edir Severino)
Junho, 18 de 2011
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eres diosa escribiendo!
ResponderExcluirun abrazo fuerte.
[Pouso um pouco a cabeça,
ResponderExcluirno corpo seco do vento ponteiro
do Sul,
ilha do meio do ar, corpo inteiro,
e procuro nas canções da vida,
cansadas de mundo,
o principio do dia.
Parto à boleia por essa larga avenida,
que desemboca aqui, na casa tão grande
de cá e de lá, da praia do mar,
sabor novo do tom breve do dia,
variação, incompleta e refeita carta de marear
aí, onde tudo emerge do grande silêncio,
essa grande travessia…]
um imenso abraço, Marlene
LB
Que bela pintura e aliada ao poema...quanta viajem...viajei em tuas palavras, tao bem colocadas aqui...bjin
ResponderExcluirA vida se mostra e esconde em toda parte.
ResponderExcluirBeijos,
Carla
Um poema repleto de imagens diferentes, há que se puxar o fio da meada para entendê-lo. Um abraço, Yayá.
ResponderExcluirMarlene
ResponderExcluirSão nestas ilhas perdidas de um olhar no meio do oceano que a vida emerge das profundezas...
Solitária viagem ao centro de mim!
Mergulhei fundo nestas tuas águas cristalinas, tudo lindo aqui!
Bj grande
... e assim se caminha
ResponderExcluirpor sobra as águas
Mais um clássico! Mais um clássico! Beijos
ResponderExcluir"Atrás de tantos nomes
ResponderExcluirem algum lugar habitas
anônimo"
Um ser-se sempre além da percepção, num lugar de remotas partidas e chegadas.
L.B.
Duas artes num post só. Bela a combinação das palavras com a imagem. Nostálgico mas muito belo.
ResponderExcluirAbraço
Runa
Uma bela viagem pelo seu lindo poema querida Marlene.
ResponderExcluirBeijos e boa semana!
Carla