Aquário
Final de tarde de mormaço,
a tua espera me deparo a chamar teu nome:
lampejos de luz, vitalidade de cores, mantra
pelo vento arremessado, varou o púrpura do céu;
mas te escondes circunspecto,
em estufa de vidro, látego,
no teu aquário.
Meu chamado bateu como inseto na vidraça.
Do quintal, vi o crepúsculo
abrasado transformar-se em crua luz,
pálida tinta de paleta de aquarela.
Fugidios pigmentos de ausência.
Um pôr-do-sol a mais.
30,novembro/2010
17h05
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