Um dia inteiro e mais
a chuva da noite anterior
deixa desejo de céu azul
A tarde já se escoa calçada afora
no itinerário da chuva
no itinerário da chuva
em invisível lamento
e a noite vestida de cinza
se anuncia
acende as luzes da cidade
quer cessar silêncios
mas apenas os divide
entre os limites da janela
e das ruas
O cinza fosco do céu
prenuncia mais chuva
ainda mais um dia
Um pouco menos de ti
tecido em névoa e chuva
a cada dia
Junho,
07 de 2014
Fotografia, Sidarta
"a chuva abre-te, o dia bate, a roupa
ResponderExcluirtropeça com as ferraduras
no meu cabelo. e só agora fazes
teu gesto com chuva, no meio das letras"
herberto helder
MARILENE,
ResponderExcluiradoro o cheiro inconfundível de terra molhada, em qualquer ocasião!
Imagine, então nas específicas.
Um abração carioca.
melancolicamente belo, como a névoa, como a chuva, como a poesia se deseja. beijo Marlene.
ResponderExcluirMelancolia, suavidade e beleza em seu poema.
ResponderExcluirVolte mais vezes!
maria Luísa
Um belo poema, algo melancólico...pois os dias de chuva contínua tornam o ambiente mais tenso e mais sombrio e tudo isso interfere na alma e no sentir dos poetas. Um grande momento de poesia, este!! Parabéns.
ResponderExcluirAbraços
Sua poesia é um convite ao silencio,ao curtir chuva que molha alma e inspira poesia,uma delícia aos olhos.
ResponderExcluirVersos de chuva a acinzentar o poema...
ResponderExcluirUm beijo
Lídia
Oi, Marlene!
ResponderExcluirSeu texto fala de uma preciosidade que por aqui anda escassa! Estamos sentindo na pele, o que o nordestino sente há anos!. Beijo!
vitornani.blogspot.com