A tarde finda
pátina
vibram todos os sinos de vento
e um esqueleto de folha flutua no ar
em desalento,
bate a janela.
Azinhavre,
ferrugem.
A dobradiça emperra.
Veloz,
o vento deixa outra folha
inerte no marrom da grama.
A tarde escorre,
nem dia é mais.
Sépia na paleta.
Janeiro,
25 de 2012
Aquarela
de Marlene Edir Severino
Linda a cor e a tela, pois foram fonte inspiradora para um poema cheio de delicadezas.
ResponderExcluirGostei imenso!
Um abraço!!!
Precioso, este dizer outono. Pintura nos tons pardos da melancolia.
ResponderExcluirGostei muito!
Um beijo
Aquarela escrita. Esse, se não me falha a memória é reedição de outros tempos, não?
ResponderExcluirUma paleta de cores
ResponderExcluirBj
Há brisa suave e uma escada onde sempre me sento quando te leio! :-)
ResponderExcluirBeijos,
Oi MARLENE,
ResponderExcluirsó poetisas pintoras de arte invulgar, conseguem estas analogias entre isso e aquilo, aquilo e aquilo outro.
lindíssimo, inclusive a folha seca inspiradora.
Um abração carioca.
Uma paleta de cores e sonoridades encontro aqui neste teu belo poema, Marlene. Imagens delicadas e leves, cores outonais, e uma maneira muito pessoal de falar da estação de folhas mortas.
ResponderExcluirA tua aquarela está excelente também. (em papel Fabriano, ou eu me engano?)
Meus aplausos, querida amiga, e um abraço muito carinhoso para ti.
André
Belíssimas as folhas de Outono! Os tons certos para deixar fluir a poesia à medida que o vento faz rodopiar as folhas e as senta sobre a grama.
ResponderExcluirUm abraço.
M. Emília
Terá sido a palavra pintada com sonoridades outonais que aqui me trouxe. Um "feeling" perfeito! Como me identifico, Marlene!
ResponderExcluirBeijinhos.