Seja Bem-Vindo

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domingo, 29 de agosto de 2010

Azulejo Quebrado

Da Oficina da Palavra Selvagem de Fernando José Karl realizada de 23 a 27 de agosto no SESC,



resultaram alguns poemas...


Diante do azulejo quebrado do casarão a beira-mar
O pensamento desce rápido feito aguaceiro,
Em cântaros, nas cinzas das horas,
A verter doces lembranças.

A luz que se abre ao fundo e espalha-se pelo quarto,
Traz o vento perfumado de flor da laranjeira -
Suave , pensamento certeiro feito flecha,
Atinge o alvo num vendaval de imagens.

O tempo deixou de contar naquele instante,
Quarto na penumbra, a “ la media luz “ ,
Corpos colados numa dança louca,

Roupas atiradas, leque branco, imagens guardadas
incólumes, como se guarda em ânfora –
sal do paraíso, casarão a beira-mar.

marlene edir severino

Um comentário:

  1. A principio me lembrou um casarao na Brava... e um tango? Y todo a media luz,
    que es un brujo el amor...
    a media luz los besos,
    a media luz los dos...
    Y todo a media luz,
    crepúsculo interior,
    que suave terciopelo
    la media luz de amor.

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