Procuro ínfimos símbolos,
qualquer prenúncio
no tempo,
também o universo conspira,
nenhum vento sopra
nuvens,
nem folha cai.
Busco
em epigramas escusos
ou em qualquer epígrafe
algum indício
nos poemas teus.
Olho
o fundo da xícara,
marca deixada
do café -
obscuro sinal
a dizer-me o que não sei
traduzir.
(Imagem: Fotografia de Marlene Edir Severino)
Fevereiro, 23 de 2012